As musicas sempre se identificaram com ela, com momentos da sua vida
(
eu gostava de olhar para ti
), enquanto ouvia aquela musica ia cantarolando. Que parvoíce tinha que se despachar, já estava novamente a balançar-se agarrada à almofada (
e dizer-te que és uma luz
), ainda tinha que tomar banho e arrumar o quarto (
que me acende a noite
) . Agilmente despiu a blusa do pijama e livrou-se da restante roupa lançando-a pelo ar enquanto continuava a ouvir a música (
me guia e seduz
).
Hoje era daqueles dias infernais, imenso trabalho e uma vontade imensa de não fazer nada!!!! Que chatice, não estava a ouvir a música na casa-de-banho e já se tinha molhado, que se lixe pensou. Saltou da banheira a pingar e aumentou o volume do rádio (
eu gostava de ser como tu
não ter asas e poder voar
) voltou para a banheira com um sorriso na cara, aquela musica estava a animá-la.
Enquanto se vestia continuava a ouvir a música, deixou de ter pressa estava presa aos acordes da melodia e letra (
ter o céu como fundo
ir até ao fim do mundo
e voltar)Aiiiii sentia-se com tanta vontade de ser «gostada» (
eu não sei o que me aconteceu
Foi feitiço!!...O que é que me deu???... Para gostar tanto assim de alguém como tu
) aiiiiiiiiiiiii
caramba até ela própria se tinha assustado com o seu suspiro!!!!
Estava atrasadíssima a musica estava a perturba-la, acabara de romper uma meia com as unhas!!! Bolas!!! Bolas!!!! (
eu gostava que olhasses para mim
e sentisses que sou o teu mar
) tinha a certeza que se alguém um dia se, se atrevesse a dirigir uma daquelas frases lhe cairia no colo. Na na na
já ninguém dizia aquelas frases. Os homens de hoje ou era «macho-latinos» à antiga , ou metrosexuais aqueles que conseguiam «pôr» mais merdas no corpo depois do banho que ela própria ou então Gays, quanto a estes uma verdadeira injustiça, os únicos homens que conseguiriam exprimir e mostrar o seu lado romântico e sensível estavam-lhe vedados (
Mergulhasses sem medo
um olhar, um segredo
Só para eu te abraçar
). Bolas, já estava novamente a balançar-se, agarrada à almofada com uma mão e com a outra a segurar a meia «rota». Aquela musica estava mesmo a mexer com ela!!! Tinha que telefonar à secretária para lhe dizer que ia chegar mais tarde, (
o primeiro impulso é sempre mais justo
é mais verdadeiro
e o primeiro susto
) se ela fosse de ceder a impulsos, já teria saltado para o pescoço do vizinho do lado. Mas não!! Era contida e racional (
dá voltas e voltas
na volta profunda de um beijo) sim e beijá-lo-ia e ele diria uma daquelas frases (ou palavras) . Aiiiiiiiiii
estava a suspirar muito. Finalmente já estava pronta e a musica continuava a tocar (
Eu não sei o que me aconteceu
Foi Feitiço!!!... O que é que me deu?...Para gostar tanto assim
de alguém como tu
) desligou a aparelhagem. Tinha que dizer á amiga que tinha gostado do CD, não lhe iria contar daquelas coisas estranhas que a musica lhe tinha provocado.
Agarrou nas chaves, na mala
retocou pela última vez a maquilhagem, arranjou um caracol que teimava em lhe cair para a cara e saiu.
Estava a fechar a porta quando ouviu a voz forte, segura e doce do seu VIZINHO, bem próxima de si dizer: «-Foi feitiço
». Ficou siderada
ele tinha dito a frase e agora??? Saltava-lhe ao pescoço???!!! Beijava-o loucamente????!!! Empurrava-o para o elevador e ali mesmo realizaria um dos seus fetiches???!!!
Voltou-se lentamente
com uma respiração ofegante e deu de caras com o seu vizinho a beijar uma RUIVA!!!!!
Antes de entrar no elevador (depois de se ter «espremido» contra a parece para passar pelo casalinho e quase
quase pedir desculpa pelo facto de ter que sair àquela hora e ver o único VIZINHO BOM do prédio «atracado» a uma RUIVA desconhecida!!!) ainda ouviu o vizinho murmurar: «- és a minha buxinha mai linda
a minha fofinha
o meu doxinho dá outo beijinho ao bebé dáaaa dáaa
»
Fechou a porta do elevador e teve um ataque de riso
a RUIVA que ficasse com o VIZINHO não lhe agradava a ideia de ter que mudar a fralda a um «marmanjo»!!!!
E depois havia muitas hipóteses de a caminho do escritório algum FEITIÇO acontecer
@ Best Regards a vossa (salvo seja) Princesa
De Anónimo a 16 de Março de 2006 às 11:29
Visita-me:http://oliveiraealegrim.blogs.sapo.ptAlecrim
(http://oliveiraealegrim.blogs.sapo.pt)
(mailto:adivinha21@sapo.pt)
De Anónimo a 16 de Março de 2006 às 11:29
Muito bem texto Princesa, bravo. Um excelente texto mesmo. No entanto, não percebi muito bem como pode um cachecol caír para a cara... mas deve ser concerteza uma limitação minha! Beijinho escancarado com humidade e tudo para ti que mereces! Ah e já agora vai ao meu canto, deixei-te hoje uma provocação!MSDOS
</a>
(mailto:stantonstreet@sapo.pt)
De Anónimo a 16 de Março de 2006 às 11:28
O teu blog é fantastico cada vez que cá venho consegues sempre surpreender-me! Parabéns!!!Adivinha
(http://adivinha.blogs.sapo.pt)
(mailto:adivinha21@sapo.pt)
De Anónimo a 16 de Março de 2006 às 11:01
Sua Alteza não imagina como me diverti a ler este seu conto...a música, a almofada, a meia rota e a ruiva em conjugação alegraram-me a manhã. Agradeço a sua visita no meu novo campo. BeijoMaria Papoila
(http://a-papoila.blogspot.com)
(mailto:msantosilva@sapo.pt)
De Anónimo a 16 de Março de 2006 às 09:26
Também gostei muito, nada como um texto divertido e descontraido para começar o dia .... aiiii, mulheres, mulheres ...Eu juro que se algum dia tiver uma filha, jamais lhe contarei histórias sobre princípes ... :) Só as princesas existem realmente ... Beijoka :)Essa_Miuda
(http://www.sonhadorainata.blogs.sapo.pt)
(mailto:Essa_Miuda72@hotmail.com)
De Anónimo a 16 de Março de 2006 às 09:13
Obrigada Princesa, foi bom começar o dia com este teu post... Gostei! Beijinhosstressadinha
(http://stressadinha.blogs.sapo.pt)
(mailto:stressadinha@sapo.pt)
De Anónimo a 16 de Março de 2006 às 09:08
Cuerpo de mujer...
Pablo Neruda
Cuerpo de mujer, blancas colinas, muslos blancos,
te pareces al mundo en tu actitud de entrega.
Mi cuerpo de labriego salvaje te socava
y hace saltar el hijo del fondo de la tierra.
Fui solo como un túnel. De mí huían los pájaros
y en mí la noche entraba su invasión poderosa.
Para sobrevivirme te forjé como un arma,
como una flecha en mi arco, como una piedra en mi honda.
Pero cae la hora de la venganza, y te amo.
Cuerpo de piel, de musgo, de leche ávida y firme.
¡Ah los vasos del pecho! ¡Ah los ojos de ausencia!
¡Ah las rosas del pubis! ¡Ah tu voz lenta y triste!
Cuerpo de mujer mía, persistiré en tu gracia.
Mi sed, mi ansia si límite, mi camino indeciso!
Oscuros cauces donde la sed eterna sigue,
y la fatiga sigue, y el dolor infinito.
Carlos
(http://vagueandoporti.blogspot.com/)
(mailto:c_m_a_n_u_e_l@hotmail.com)
De Anónimo a 16 de Março de 2006 às 02:20
Como é bom voltar a ler-te.Voltei com um novo projecto.Mais descontraído.O vício da blogosfera foi mais forte.Beijo.AnÃbal
(http://mourani.blogs.sapo.pt/)
(mailto:mourani17@sapo.pt)
De Anónimo a 15 de Março de 2006 às 23:26
Ai princesa fizeste-me recuar no tempo...dediquei esse poema a alguém um dia! Ele riu-se e derreteu-se...e eu tadita fiz figura de croma, ai ai ai mulheres!!! Marcou-me muito pois diz extamente aquilo que senti/sinto por ele...
Mas confesso que marmajoes e fraldas não jogam lá mt bem! Agora a nova Eu diz: eles que se arranjem, kerem mimos...façam-se à vidinha e o resto é musica! ;) Um beijo
P.s. O inconveniente dos Betas e que para por foto tem la uma nova coisa marada então o antigo era mt melhor e simples! Enfim modernices ;P Paty
(http://patyplanetaazul.blogs.sapo.pt)
(mailto:patigrodriguez@sapo.pt)
Alegações Plebeias...