Sexta-feira, 28 de Abril de 2006

Interlúdio Campestre...

@foto de  Filomena Galego

Estava deitada, uma sensação de paz invadia-a. Olhava o céu que rodopiava perante os seus olhos. Pensava enquanto mordia uma maça que tinha sido muito boa ideia aquela saída para o «campo».

Não tinha memória quando tinha sido a ultima vez que tinha efectuado um pic-nic .

Tinha comunicado na sexta-feira passada, uma sexta-feira de Primavera que antecipava já o Verão, « este fim-de-semana vamos fazer um pic-nic !!!». Ele ficou a olhá-la para perceber qual foi a parte que tinha perdido.

Ela entendeu a sua confusão… Na verdade nunca foi muito dada a coisas «campestres», os «monstros» incomodavam-na. Ele ria-se, mas a verdade é que uma formiga fazia-a ficar com «pele de galinha», depois havia os «besouros», as melgas, mosquitos, lagartixas, lagartos, cobras, etc etc etc . Era capaz de estar umas boas 2 horas a justificar a sua aversão «campestre», até à altura que ele intervinha e acrescentava «- claro, claro e os crocodilos, tigres, panteras….». Na maioria das vezes fingia-se indignada e aborrecida, depois ele «mimava-a» com um beijo, umas cócegas e o aborrecimento dava lugar a um momento de paixão.

Namoraram 8 anos e eram casados há 3 anos. Eram apaixonados.

Mas este último ano não tinha sido fácil. Ele mudara de emprego e ela também.

Ambos investiram muito do seu tempo nas suas carreiras e nos seus empregos novos, descurando o tempo para «eles». Não que achasse que já não eram o «tal» casal apaixonado, mas havia algo de diferente. Uma nesgazinha » entre eles, um espaço não preenchido. Deve ter franzido o nariz, como o fazia sempre que se concentrava em qualquer coisa, porque ele perguntou-lhe o que se passava.

No sábado foi comprar uma daquelas cestas antigas de verga, fez um bolo, compraram uns «acepipes» encheu a cesta nova daquelas coisas boas e iniciaram no Domingo de manhã a sua aventura «campestre».

Deitada na manta enquanto olhava o céu e batia com os pés no chão para afastar qualquer monstro rastejante que tivesse a ousadia de saltar para a manta, pensava que as coisas até nem estavam a correr nada mal.

Ela estava numa espécie de letargia e ele que sempre fora muito agitado, tinha-lhe dito que ia estender as pernas e desbravar a «selva» no alcance dos leões, tigres e panteras…ela riu-se e viu-o desaparecer no meio da «selva».

No momento em que abanava freneticamente uma das mãos acima da cabeça na esperança de convencer aquela «abelha feroz» que ela não era nenhuma flor, enquanto que com a outra mão vasculhava o seu «decote»  à procura do «monstro» que tivera a ousadia de enveredar por aqueles «vales de éden» e tudo isto mantendo a calma e a imensa vontade de se levantar e desatar aos saltos até que os «monstros» desistissem de a atacar (de facto estava-se a portar heroicamente!!!) ouviu o telemóvel dele tocar. Não ia atender, não seria um telefonemazito que iria interromper o seu «interlúdio campestre»!!!!Desistiram… tanto melhor. Depois ouviu o Bip-Bip da mensagem…

Sorriu e pensou divertida… deve ser a outra!!! Hmmm franziu o nariz, já tinha ouvido tantas histórias, de mulheres que eram apanhadas desprevenidas, que nunca se tinham apercebido de nada e se houvesse outra???!!!

Quando ele regressou disse-lhe que o telefone tinha tocado e que tinham deixado mensagem… Observou-o por entre os olhos semi-cerrados , viu-o a esboçar um sorriso enquanto lia a mensagem. Resolveu perguntar-lhe quem era « Não me digas que é a OUTRA, que já está com saudades ???». Ele riu-se, saltou para o lado dela e «matou-a» de cócegas enquanto a beijava. Disse que ela era uma tola, que era a mulher da vida dele…

Afinal era só a colega dele a MARIA,  era uma miúda muito simpática, comentavam lá no escritório, que ela estava apaixonada. Tinha mudado o seu visual ( e para melhor afirmava ele!!!) num acto de coragem tinha cortado os seus cabelos longos e feito um corte «modernaço» curto, daqueles todos «esfarrapados» -sabes qual é??? Perguntou-lhe ele. Ela abanou a cabeça, que sim, que sabia. Enquanto isso continuou-o a ouvir. Ela também tinha mudado de côr-de-cabelo «ruiva», que lhe ficava muito bem, que lhe dava um ar muito mais jovem… Ela concordou que para tantas mudanças havia mesmo a probabilidade de se ter apaixonado…

Aproveitaram aquele Domingo soalheiro e campestre ao máximo. Regressaram a casa felizes e no caso dela com a sensação que a nesgazita » tinha desaparecido.

Naquela segunda de manhã telefonou para o escritório e avisou que ia mais tarde…

Sentou-se na cadeira e quando a Lena lhe perguntou como iria ser, ela respondeu com um sorriso na cara : « Curto, modernaço, «esfarrapado», jovem e quero mudar a cor para Ruivo»….

@ A Princesa Virtual deseja-vos um excelente fim-de-semana (prolongado) e um inicio de boa semana

sinto-me:
Decreto-Lei decretado por PrincesaVirtual às 11:46

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44 comentários:
De stressadinha a 28 de Abril de 2006 às 12:14
Parece que ficamos sem saber se a ruiva (a primeira) era mesmo a Outra ou não... e se sim: será boa ideia tentar ficar igual? Também tenho de ir dar um corte... não esfarrapado mas esgadelhado... é que tb estou apaixonada :) Beijinhos xxx
De PrincesaVirtual a 2 de Maio de 2006 às 08:41
E então como ficou o corte ele gostou??? ;) beijosss

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