NOTA DA PRINCESA: Depois de ler alguns comentários, depois de ver palavras a «tropeçarem» umas nas outras, depois de ver os «nós» que se formaram, e não só nas pessoas mais novas que me lêem...resolvi colocar aqui um «descodificador». Esta não é uma história TRISTE. Esta é uma história de «jubilo»!!!! Alguém que se perdeu e voltou-se a encontrar. :) Quanto á princesa está bem e recomenda-se :D se algum dia decidir escrever algo mais «intimista» nesse dia dou folga a quem me visita. Os comentários ficam fechados ;). Revejam-se, sintam-se nostálgicos...mas tristes??? Isso não!!! Como já disse é uma HISTORIA FELIZ...uma história de vida ( e de aprendizagem) :D
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@ imagem de Éderso Silva
Estou convencida que as mulheres são árvores...com raizes profundas, ramos fortes... este texto é dedicado e pura ficção... Mas uma ameaça premente e real para muitas pessoas...
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Um «acto de coragem» alguém lhe dissera. Para ela era um «acto de amor».
Tanto tempo sozinha. Tanto tempo sem ser ninguém.
Não sabia como aquilo aconteceu.
Mas hoje acordara e dera-se conta da sua solidão. Assustou-se quando se olhou ao espelho. Onde estava o seu «brilho»??? Quem era aquela mulher??? Para onde ia??? Pior! Onde estava???
Sentiu uma «claustrofobia» atroz. Faltou-lhe o ar. Faltou-lhe o espaço.
Não, queria estar só!!! Queria companhia
queria ser amada
Há muitos dias, meses, anos que a solidão se tinha instalado para ficar.
Sentia-se como se tivesse acordado de «coma», não reconhecia nada que a rodeava.
Talvez tivesse sido o passeio ontem no parque. Os pares de namorados enjoativamente felizes, a Primavera que se aproximava
Também não interessava muito pensar o que a tinha «despertado». Mas o que é facto é que estava desperta. Desperta essencialmente para a «vida».
Enquanto beberricava o café da manhã olhava pela janela. Apesar do ar calmo e sereno, que sabia que mantinha, um verdadeiro tornado de emoções a assolava.
Doía
muito. A consciência de nós próprios é uma coisa dolorosa.
Estava a chorar silenciosamente e solitariamente.
Tinha-se abatido o «silêncio» sobre ela.
Pegou novamente na chávena e sorriu, nunca tinha reparado na cor da chávena, bonita! Bebeu mais um gole de café.
Sim, estava decidido iria dar um rumo à sua vida «solitária».
Afastou-se dos seus pensamentos quando ouviu os filhos a despedirem-se. Deu um beijo a cada um. E depois olhou para o marido que lia o jornal e bebia o seu café e disse:
- Paulo, temos que falar.
Ele respondeu-lhe sem levantar os olhos do jornal:
- Sim, claro
agora não tenho tempo. Mais logo
quando regressar.
Não foi um «acto de coragem». Foi um «acto de amor» para consigo própria. Sorriu, enquanto se misturou com os «pares de namorados» enjoativamente felizes do parque. Não, já não se sentia só
Agora apenas se SENTIA