Sexta-feira, 28 de Abril de 2006

Interlúdio Campestre...

@foto de  Filomena Galego

Estava deitada, uma sensação de paz invadia-a. Olhava o céu que rodopiava perante os seus olhos. Pensava enquanto mordia uma maça que tinha sido muito boa ideia aquela saída para o «campo».

Não tinha memória quando tinha sido a ultima vez que tinha efectuado um pic-nic .

Tinha comunicado na sexta-feira passada, uma sexta-feira de Primavera que antecipava já o Verão, « este fim-de-semana vamos fazer um pic-nic !!!». Ele ficou a olhá-la para perceber qual foi a parte que tinha perdido.

Ela entendeu a sua confusão… Na verdade nunca foi muito dada a coisas «campestres», os «monstros» incomodavam-na. Ele ria-se, mas a verdade é que uma formiga fazia-a ficar com «pele de galinha», depois havia os «besouros», as melgas, mosquitos, lagartixas, lagartos, cobras, etc etc etc . Era capaz de estar umas boas 2 horas a justificar a sua aversão «campestre», até à altura que ele intervinha e acrescentava «- claro, claro e os crocodilos, tigres, panteras….». Na maioria das vezes fingia-se indignada e aborrecida, depois ele «mimava-a» com um beijo, umas cócegas e o aborrecimento dava lugar a um momento de paixão.

Namoraram 8 anos e eram casados há 3 anos. Eram apaixonados.

Mas este último ano não tinha sido fácil. Ele mudara de emprego e ela também.

Ambos investiram muito do seu tempo nas suas carreiras e nos seus empregos novos, descurando o tempo para «eles». Não que achasse que já não eram o «tal» casal apaixonado, mas havia algo de diferente. Uma nesgazinha » entre eles, um espaço não preenchido. Deve ter franzido o nariz, como o fazia sempre que se concentrava em qualquer coisa, porque ele perguntou-lhe o que se passava.

No sábado foi comprar uma daquelas cestas antigas de verga, fez um bolo, compraram uns «acepipes» encheu a cesta nova daquelas coisas boas e iniciaram no Domingo de manhã a sua aventura «campestre».

Deitada na manta enquanto olhava o céu e batia com os pés no chão para afastar qualquer monstro rastejante que tivesse a ousadia de saltar para a manta, pensava que as coisas até nem estavam a correr nada mal.

Ela estava numa espécie de letargia e ele que sempre fora muito agitado, tinha-lhe dito que ia estender as pernas e desbravar a «selva» no alcance dos leões, tigres e panteras…ela riu-se e viu-o desaparecer no meio da «selva».

No momento em que abanava freneticamente uma das mãos acima da cabeça na esperança de convencer aquela «abelha feroz» que ela não era nenhuma flor, enquanto que com a outra mão vasculhava o seu «decote»  à procura do «monstro» que tivera a ousadia de enveredar por aqueles «vales de éden» e tudo isto mantendo a calma e a imensa vontade de se levantar e desatar aos saltos até que os «monstros» desistissem de a atacar (de facto estava-se a portar heroicamente!!!) ouviu o telemóvel dele tocar. Não ia atender, não seria um telefonemazito que iria interromper o seu «interlúdio campestre»!!!!Desistiram… tanto melhor. Depois ouviu o Bip-Bip da mensagem…

Sorriu e pensou divertida… deve ser a outra!!! Hmmm franziu o nariz, já tinha ouvido tantas histórias, de mulheres que eram apanhadas desprevenidas, que nunca se tinham apercebido de nada e se houvesse outra???!!!

Quando ele regressou disse-lhe que o telefone tinha tocado e que tinham deixado mensagem… Observou-o por entre os olhos semi-cerrados , viu-o a esboçar um sorriso enquanto lia a mensagem. Resolveu perguntar-lhe quem era « Não me digas que é a OUTRA, que já está com saudades ???». Ele riu-se, saltou para o lado dela e «matou-a» de cócegas enquanto a beijava. Disse que ela era uma tola, que era a mulher da vida dele…

Afinal era só a colega dele a MARIA,  era uma miúda muito simpática, comentavam lá no escritório, que ela estava apaixonada. Tinha mudado o seu visual ( e para melhor afirmava ele!!!) num acto de coragem tinha cortado os seus cabelos longos e feito um corte «modernaço» curto, daqueles todos «esfarrapados» -sabes qual é??? Perguntou-lhe ele. Ela abanou a cabeça, que sim, que sabia. Enquanto isso continuou-o a ouvir. Ela também tinha mudado de côr-de-cabelo «ruiva», que lhe ficava muito bem, que lhe dava um ar muito mais jovem… Ela concordou que para tantas mudanças havia mesmo a probabilidade de se ter apaixonado…

Aproveitaram aquele Domingo soalheiro e campestre ao máximo. Regressaram a casa felizes e no caso dela com a sensação que a nesgazita » tinha desaparecido.

Naquela segunda de manhã telefonou para o escritório e avisou que ia mais tarde…

Sentou-se na cadeira e quando a Lena lhe perguntou como iria ser, ela respondeu com um sorriso na cara : « Curto, modernaço, «esfarrapado», jovem e quero mudar a cor para Ruivo»….

@ A Princesa Virtual deseja-vos um excelente fim-de-semana (prolongado) e um inicio de boa semana

sinto-me:
Decreto-Lei decretado por PrincesaVirtual às 11:46

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Segunda-feira, 24 de Abril de 2006

Princesas vs Principes (AVISO aos incautos: caso sejam sensiveis não passem do titulo deste post!!!)

Muito se fala nas diferenças entre as mulheres e os homens. No outro dia ao ler um novo blog que visito «http://quietasinquietudes.blogspot.com» (por sinal com bastante qualidade, escrito a quatro mãos por um homem e uma mulher, que escrevem deliciosamente bem) e depois de ler dois artigos que levantaram algumas questões nesse sentido ( um escrito por  «ele» e outro por «ela») e que geraram alguma discussão fiquei a pensar nisso…

Não me vou aventurar por essas divagações «teóricas», que são quase «pré-históricas» em que elas dizem «assim» (obviamente é a parte que faz sentido!!!) e eles dizem «assado» (que obviamente é parte despropositada), como disse nem vou entrar por ai, para além que não me considero uma feminista…

Mas isto fez-me recordar algo que se passou há pouco tempo comigo.

Antes de passar ao meu exemplo prático gostaria de fazer uma pequena introdução. Raramente digo asneiras. Bom, isto se não considerarmos «merda» e «porra» asneiras e as catalogarmos como palavras menos «próprias», mas universalmente aceites como boas e a serem utilizadas em situações especiais mesmo pela «nobreza». Confesso que ás vezes saem-me outras menos próprias, a título de exemplo quando «quino» com algum móvel e as dores são mais que muitas, nesses casos baixo a voz e digo uma carrada delas (bem cavernosas!!!) uma forma terapêutica para me passarem as dores (desculpável parece-me!!!).

Não me chocam as asneiradas se bem contextualizadas e divirto-me se tiver com amigos que as «não» usam habitualmente e que as soletram com graça e como forma descritiva bem sucedida (e olhem que nem todos o conseguem)... Não gosto da «vulgarização» da chamada asneirada. Costumo dizer que mesmo para se dizer asneiras tem que se ter uma certa «graça», caso contrário passa-se para o « tipo vulgar e carroceiro».

Vejamos as asneiras na boca dos «trolhas», será «vulgar» ou apenas uma «cantilena» tipo «red bull»  para os ajudar a acarretar os baldes de cimento??? Inclino-me para a segunda opção. Num «post» antigo falei sobre um encontro de 1º grau com um «trolha» em que face a uns assobios e uns «piropos» mais quentes resolvi fazer-lhes umas caretas e mostra-lhes a «língua». Apreendi com esta experiência que os «trolhas» são uns verdadeiros «experts» sobre utilização de línguas e que também faz parte da sua natureza as «asneiradas» ( o tal red-bull).

Mas vejamos e se tiver um colega que utiliza a linguagem «trolha» no escritório??? É aceitável???!!!

Tenho um colega que faz uso dessa linguagem. Tem uma forma peculiar de utilizar uma «asneirola» por cada 2 palavras que diz. Acha-se com piada e com estilo. Para além de ser aquela pessoa tipo «macho-man», que todas as pessoas desculpam porque tem um feitio «filho da puta» (atenção que esta asneira foi utilizada como forma descritiva) profissionalmente falando e que é um amor fora da vida profissional!!!

Primeiro acho que aquela linguagem o «vulgariza», segundo não acredito em pessoas com duas «faces» uma profissional e outra pessoal a não ser que sofram de alguma doença de foro psiquiátrico, a chamada dupla personalidade, o que não é o caso e por ultimo há dias que ele me irrita profundamente e que me aborrece!!!

Num desses dias ele entrou no meu gabinete. Queria dar dois «deditos» de conversa. E blá… asneira…blá…asneira…blá…asneira…blá…asneira…

Nada de mais. Desenvolvi uma capacidade de me alhear da sua conversa «chata» e ia abanando a cabeça enquanto continuava o que estava a fazer…

Até que a conversa me começou a irritar!!! Dizia ele que as mulheres até terem filhos é só sexo, que o objectivo delas é precisamente esse, que depois já não há interesse, quer por parte das mulheres quer por parte dos homens, que essa era uma razão porque os homens procuram mulheres mais novas e sem filhos, que é tudo uma questão da natureza a falar.…E tudo isto muito condimentado de asneiradas!!!

Fui-lhe mostrando cara de poucos amigos, franzi várias vezes a cara por me sentir «mal disposta» com o assunto… e contive-me ao máximo. Mas ele não se calava!!! Acho que se estava a divertir…

Foi quando se virou para mim e perguntou:

 

- ÓOOO Princesa e tu que achas disto????

 

Nesta altura já estava nos meus «pícaros» de irritação, diria mais, numa fase «dolorosa» de irritação. Lembram-se de acima eu dizer que usava as asneiras como forma terapêutica para a dor???!!! Pois… foi ai que baixei a voz e num momento intimista ( e lindo) para com ele, respondi:

 

-Olha, uma coisa posso afirmar a Princesa não FODE apenas para procriar!!!!

 

Por incrível que pareça ficou chocado!!! Que aquelas palavras o tal «floder» ficava bem nos homens. Que era horrível eu utilizar aquilo. Que nunca pensou que eu fosse capaz… e durante 10 segundos continuei a ouvi-lo papaguear que aos homens as «asneiradas» lhes dava um toque de «macho», mas que ás mulheres um toque ordinário!!!

 

Foi demais para mim por isso retorqui ao fim de 10 segundos ( e olhem que já estava na tolerância zero):

 

-Sabes que mais vai à MERDA e fecha a porta antes de saíres!!!!

 

E não é que ele saiu mesmo???!!! Genial!!!

 

Descobri, que as diferenças entre homens e mulheres são prementes até na famosa forma de «asneirar (ou asnear??!!)». Se bem que neste exemplo «prático» há poucas dúvidas, sobre quem era o «sexo forte».

 

@ A Princesa Virtual deseja-vos uma excelente semana e agradece a todos os «votos» de parabéns no «post» anterior

 

sinto-me:
Decreto-Lei decretado por PrincesaVirtual às 19:40

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Sexta-feira, 21 de Abril de 2006

The Princess day ...

!!!!!!!!!!

música: Parabéns a você!!!!
sinto-me: e aniversariante..
Decreto-Lei decretado por PrincesaVirtual às 00:00

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Domingo, 16 de Abril de 2006

A Princesa e o exercício físico...

Há determinadas coisas que me provocam um nervoso miudinho… Estava neste momento a pensar na minha aula de «aérobica ».

Há bastantes anos atrás era ainda uma «teenager » inconsciente iniciei-me na aérobica . As primeiras aulas foram horríveis, entrei numa daquelas aulas enormes, cheias de «Jane Fondas ».

Senti-me um verdadeiro «patinho feio» nas primeiras aulas. Era vê-las todas muito certinhas a irem para a direita, e eu muito certinha (que é como quem diz a tentar fazer o meu melhor!!!) a ir para a esquerda. Elas iam para cima e eu ia para baixo. Elas pulavam e eu «agachava-me» …

A professora dava uns gritos e usava uns termos técnicos e eu pensava « uauuuuuu tanta técnica…».

Sempre fiz ginástica, bom pelo menos até aos meus 21 anos. Ginástica rítmica, aparelhos, volei , basket , andebol, esgrima (fui federada…), natação, equitação…

Se gosto??? Não! Decididamente desporto sempre foi uma obrigação. Talvez com excepção da «esgrima» que tinha uma vertente muito competitiva. Desisti da «esgrima» quando tive de mudar de professora e apanhei um professor que tinha a «interessante» mania de «zunir» o florete (qual D’Artacão …) no ar e dar-nos com ele no «rabo» para nos corrigir as posições.

Há aproximadamente 4 anos atrás, depois de me aperceber que subindo uns pequenos lances de umas escadas, sentia-me como se fosse ter um AVC , resolvi entrar para um ginásio («empurrada» por uma amiga que pretendia companhia). A nossa opção foi «Cardio-Fitness», ou seja aparelhos. Tentei a musculação, mas confesso que aquelas «paragens» obrigatórias entre a utilização dos aparelhos irritava-me e distraia-me… Se bem que a minha amiga me dizia «olha princesa» é bom para o rabo, coxas e blá blá blá Acabei por me cingir aos aparelhos.

Apreendi sozinha a melhor forma de fazer algum exercício e ao mesmo tempo tirar algum prazer.  

Comecei por eliminar o que não gostava. Decididamente não gostava que falassem comigo enquanto fazia exercício. Comecei a ter um problema pois a minha amiga tinha uma «infinita» capacidade de nunca se calar. Nunca percebi como ela conseguia. Eu entre as minhas respirações para dar mais uma pedalada na bicicleta, ou levantar uma «perna no step», mal conseguia articular um «sim» ou um «não».

Depois havia outra coisa que me aborrecia estar cingida à musica do «ginásio» ou seja tum...tum...tum...tum...tum... Depois de resmungar algumas vezes, os meninos da «musculação» venciam sempre por «maioria».  Como ia a horas tardias as aulas das meninas tinham terminado e a maioria dos utentes do ginásio eram rapazes que tinham ficado para praticar mais um pouco.

Assim arranjei uns «phones » e passei a isolar-me. Se a minha amiga queria falar fazia-lhe sinal que não ouvia e assim ela em poucos dias desistiu e/ou arranjava outra vítima, ou alguém que gostasse de tagarelar enquanto fazia ginástica.

Eu cansava-me, perdia-me em pensamentos, ouvia a minha musica… e conseguia assim  45 minutos a 60 minutos só para mim, duas vezes por semana.

No entanto em Setembro passado o ginásio fechou, o que me obrigou a procurar outras opções. Isso causou-me algum distúrbio no meu recente equilíbrio com o exercício físico.

Por pura curiosidade, depois de passar os olhos por outras actividades, resolvi arriscar na «aérobica latina».

O local era novo, e durante uns meses apreendi a gostar de aérobica . Durante 3 meses fui a única aluna. Quando descobri que na primeira aula não tinha ninguém para esconder a minha «descoordenação motora» ia tendo um «treque ». Mas a simpatia da professora e o facto de gostar de música, fez com que a aérobica se tornasse uma coisa agradável. Mais uma vez o «equilíbrio» estava montado.

Tudo mudou há 3 meses atrás. Uma rapariga nova entrou. Não me desagradou. Eu conhecia-a e é simpático fazer aérobica com outra pessoa.

Este mês entraram mais duas raparigas. Uma delas uma simpatia. A outra…

Pois é a «outra» que me está a deixar com um «formigueiro na barriga».

Uma pessoa indisciplinada, habituada a dar nas vistas, rondando o desagradável e o ridículo na maioria das vezes.

Uma «loira burra». Perdoem-me as «loiras» eu prometo que vou tentar descobrir se é falsa ou não.

Sou um pouco impaciente (e pouco tolerante) com a estupidez natural das pessoas, mas desde que não me perturbem e apenas me divirtam, para mim está tudo bem.

Eu até me diverti quando ela na primeira aula, enquanto bebíamos um cafezinho na «cafetaria», se esticou em cima da mesa de «bilhar» e a pedido da professora para que saísse(uma vez que a mesa era nova), ter compartilhado com todos os presentes que sabia muito bem o que era uma mesa de bilhar. Que tinha uma na sua antiga casa e que tinha passados momentos deliciosos com o marido em cima dela. Até é interessante (e divertido) ela tentar discutir o tipo de «lingerie» que usa nas aulas de ginástica, enfatizando o facto de não gostar que as «mamas» andem aos saltos e exemplificando com qualquer coisa próxima do «grotesco», que se poderia assemelhar com pequenos saltos. Ou então explicar que não quer ir à casa-de-banho » do ginásio, porque tem medo de apanhar alguma infecção urinária. Apesar de lhe ter explicado que isso não aconteceria com um mero «xixizinho», a não ser que pretendesse ter algum «tête-a-tête» com a sanita e agitasse as águas…

Mas até aqui para além de me provocar algumas gargalhadas e sorrisos as coisas continuavam bem…

O que me aborrece é ela interromper a «minha» aula, durante 15 minutos, enquanto fica a discutir o facto de não existirem espelhos na sala (com uma professora à beira de um ataque de nervos…) o que lhe dificulta a performance de «Jane Fonda », e que por isso mesmo não consegue coordenar os movimentos. A professora bem lhe tentou explicar que caso ela se visse ao espelho, veria o seu reflexo e que seria a mesma coisa se olhasse para a «professora» (uma vez que a professora está voltada para nós e executa os mesmo movimentos), mas ela repetia «não… não…se tivesse um espelho à minha frente eu veria os meus movimentos correctamente e levantaria os braços correctos». Acabámos todos por desistir. Ela que levantasse os braços que quisesse. Mas o que me lixa a seguir são todas as outras pequenas intervenções que perturbam o «espirito da aula» e acima de tudo o meu «espirito». Na última aula o seu «apogeu» deu-se no momento em que estávamos a fazer alongamentos. Num dos exercícios em que estávamos todas de «gatas» e de «rabo» para o ar, ouvimos a nossa «loira» dar uma gargalhada sonora. Parámos o exercício (mais uma vez) e olhámos para ela. Foi quando ela compartilhou mais um momento da sua vida privada connosco informando-nos, passo a citar: «- esta posição é muito gira, costumo fazê-la várias vezes mas tenho sempre o meu marido por trás!!!».

O que me lixa nisto tudo é que para a aula, não posso levar uns «phones » para me isolar da «nossa loira»!!!!

Vou ter que pensar nisto…porque a «nossa loira» veio para ficar!!!!

 

@a Princesa Virtual deseja a todos uma óptima semana

 

 

sinto-me:
Decreto-Lei decretado por PrincesaVirtual às 23:45

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Sábado, 8 de Abril de 2006

O homem do talho...


- Por amor de Deus Joana. Pareces um bicho-do-mato!!! Venho-te buscar ás 7 em ponto eu e a Carla!!!


Ainda tentou argumentar, que não estava preparada, que ainda estava no seu período de «luto», que não se sentia preparada, não assim sem mais nem menos…


Mas a Maria tinha saído antes que ela conseguisse articular uma única palavra. É certo que há uns bons meses que ouviam o mesmo argumento e já não as convencia…


Continuava pouco certa daquilo. E depois foram 7 anos de vida em comum. Arrepiava-a dizer aquele número, 7 anos e nada ficou. Os fatídicos 7 anos de que toda a gente falava. E no fim ficou aquele vazio e o silêncio.


Depois de 5 meses a habituar-se à ideia e a convencer-se (depois de «o» ter visto com a outra), já estava um pouco farta dos seus próprios lamentos, dos olhos inchados, do seu cabelo sem brilho, daquela imagem «medonha» …


Sentia-se estranha a sair à noite sem «ele», muitos anos, muitos hábitos…


Foi ao cabeleireiro. Aproveitou e passou por uma loja de «lingerie» e entre soutiens para espalmarem as mamas, apontá-las para o tecto, apontá-las para baixo, esquerda e direita…ela própria já se sentia confusa sobre para que lado queria que as suas «mamas» apontassem, optou por uma «lingerie» preta bonita e simples. Mesmo assim ainda teve direito a instruções de como deveria ajeitar as mamas no soutien para ter o efeito pretendido, quanto ás cuecas resolveu escolher umas sem qualquer efeito e assim evitou mais meia hora de «prescrições» de como ajeitar o seu rabo nas mesmas. Simpática a senhora da loja, teve que se controlar para não lançar umas boas gargalhadas.


Passou pela sua esteticista e aproveitou para fazer uma limpeza de pele, arrancar os pêlos, o que lhe aliviou a alma, conseguia sempre soltar (mais ou menos) em surdina uns valentes palavrões, quando ia à depilação.


Tomou banho, vestiu a «lingerie» nova, seguiu as instruções da senhora da loja no que dizia respeito ao soutien. Vestiu o seu vestido preto com um decote q.b. profundo em «V», maquilhou-se e quando estava a pegar na mala, a campainha tocou…


Estava a divertir-se. Tinham-na levada a um daqueles bares das docas.


Faziam um grupo interessante. Os «homens-das-obras» da entrada afastaram-se com um sorriso para as deixarem passar, enquanto uma multidão masculina ficou a reclamar atrás delas.

O ambiente era interessante. A música ainda não estava muito alta e conseguiam falar comentando sobre a «Matéria-Prima» masculina (está claro) que desfilava perto dos seus olhos. Sentia-se bem.


Gostava de sentir os olhares masculinos em si.


Também sabia que muito provavelmente aqueles olhares masculinos nada significavam, não olhavam de facto para ela ou então olhavam mas a única coisa que viam era uma «potencial» queca!!! Lembrava-se de alguém apelidar aqueles bares como os «talhos» ou os «matadouros».


Estava a descontrair-se. As amigas também.


Foi quando reparou num homem bonito. Estava encostado a uma coluna. Olhava para o grupo. Não conseguia perceber quem ele fixava.


Tinha um copo numa mão e na outra um cigarro. Tinha um ar indolentemente sedutor, apostava que usava um daqueles perfumes intensos e muito masculinos, talvez BOSS …


Estava perdida nos seus pensamentos e por entre os seus «cilos» ia controlando os seus movimentos. O levar o copo aos lábios, o expirar o fumo do tabaco… e continuava a olhar para o grupo.


As amigas iam ao W.C e depois tinham decidido mudar de «poiso» estava tudo demasiado calmo por ali, diziam elas. Quanto a ela ia direitinho para casa, apesar de se estar a divertir e de afinal não ter sido má ideia a saída, estava bastante cansada.


Olhou para a coluna para procurar o «homem». Mas ele tinha desaparecido.


Riu-se para si própria, talvez fosse um sonho!!! Também que raio fazia um homem tirado de uma revista de «modelos» encostado a uma coluna a olhar na sua direcção, ou melhor na direcção do grupo.


Foi quando sentiu um cheiro másculo a «Hugo Boss» e alguém atrás dela sussurrou «aceite!» enquanto lhe metia um «papelinho» na mão. Viu-o a desaparecer na multidão.


As amigas chegaram entretanto e nem tempo teve para o ler.


Fechou a mão e saiu com as amigas.


Dirigiram-se para o carro, mas aquele papelinho estava-lhe a queimar a mão. Tinha duvidas se o iria compartilhar com as amigas. O mais provável era chatearem-lhe a cabeça, porque não soubera aproveitar, que homens desses não se encontravam todos os dias, que lhe devia ter dirigido a palavra …blá blá…


Quando chegaram junto ao carro já se tinha decidido, enquanto as amigas abriam o carro e se ajeitavam, ela leu o papelinho e estendeu a mão para o mostrar ás amigas…


Viu que as duas se entreolharam e a seguir soltaram uma gargalhada. Depois ambas remexeram as suas malas e mostraram dois papelinhos iguais!!! Nem uma virgula diferente, o mesmo erro ortográfico, o mesmo numero de telefone…


Acabou por rir à gargalhada em conjunto com as amigas.


Que erro crasso o dela, afinal o homem que parecia saído de uma revista de «modelos», o homem «Hugo Boss» e indolentemente sedutor, era nem mais nem menos que o «Homem do Talho» …


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@ Lembro-me de uma noite estar num bar e ter assistido a uma situação semelhante, apenas havia uma diferença o homem não era assim tão..tão… e as raparigas nem deram pela sua presença. Mas mesmo assim ele colocou-lhes um papelinho na mão e desapareceu. Voltei a vê-lo em outros locais um «habitué»…


A Princesa deseja-vos um excelente fim-de-semana e uma óptima semana :)

 

sinto-me:
Decreto-Lei decretado por PrincesaVirtual às 00:19

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Segunda-feira, 3 de Abril de 2006

O inicio (work sweet work...)

Na sexta-feira passada estava a repreender um colega mais novo de uma forma construtiva. Explicando-lhe o que tinha corrido mal no trabalho, a razão porque me tinha aborrecido, onde devia de melhorar…and so on.

Quando isso acontece e especialmente com pessoas mais novas (acabadinhas de sair da faculdade), acabo por me rever na preocupação e aflição, que lhes vislumbro na cara.

Não é fácil a entrada no mundo profissional.

Os meus primeiros anos a trabalhar foram duros, comecei a trabalhar com 21 anos tinha acabado um bacharelato e depois de já estar a trabalhar aventurei-me por uma licenciatura e especializações na minha área. Senti na pele o que é ser trabalhadora/estudante.

 

Lembro-me que quando assinei contracto, uma das coisas que foi dita por um dos sócios com um ar muito sério foi:

 

- Bem vindos à XYZ, não se esqueçam aqui todos temos hora de entrada. Mas hora de saída só Deus o saberá…

 

O meu grupo estava entusiasmado e só faltou gritarmos em uníssono Aleluia!!! Aleluia!!! (nem sabíamos o que raio aquilo de facto queria dizer!!! Santa ingenuidade…).

 

Outras das regras era termos que vestir bem ( de uma forma clássica), teríamos que vender uma boa imagem aos clientes, não nos podíamos esquecer que o nosso trabalho era nas instalações do cliente,  blá blá…

 

Tem piada relembrar-me disso, porque no outro dia tive que pedir a uma colega mais nova que evitasse as calças muito descaídas que deixavam ver as «cuequinhas fio dental», quando por alguma razão tinha que ir procurar algum documento ao arquivo. Houve uma razão para o fazer e estritamente profissional. Uma vez que aqueles movimentos, para além do Zum-Zum masculinos que provocava no «open space» face à visão da «cuequinha fio dental», ainda gerava discussões entre as mulheres de várias gerações que se encontravam lá, sobre se «aquilo» era ou não aceitável… Resultado ficávamos todos parados até que a «coisa» se acalmasse, gerando ineficiências no nosso trabalho.

 

Bom, mas como estava a dizer ouvi tudo atentamente e quando recebi o meu primeiro ordenado, gastei-o até ao último tostão, entre mandar fazer fatos clássicos, comprar blusas, saias, camiseiros… Ahhhh e está claro S_A_P_A_T_O_S, … sapatos lindos e de salto altíssimos e finos.

 

Sentia-me orgulhosa por ser (até que enfim!) uma «profissional» e lembro-me que o primeiro «Doutora» que me dirigiram «inchei» como um balão.

 

Foi precisamente logo no meu início da carreira profissional que tive que me deslocar a um cliente na Madeira.

Lembro-me perfeitamente desse dia. Tinha vestido um camiseiro de seda lindo (estampado) em tons de castanhos, um casaco castanho «cintado» e uma saia «travada». Calcei uns sapatos novos castanhos, com uns saltos especialmente altos. Sentia-me bonita e muito «Profissional».

Treinei umas caras ao espelho e os cumprimentos (tenho uma estranha mania de falar com a minha imagem no espelho…). Estava perfeita!!!

Correu tudo muito bem. A entrada nas instalações da empresa fazia-se por um Hall, onde eram atendidos os fornecedores e os clientes pela senhora telefonista/recepcionista e encontrando-se as casas-de-banho também nessa zona.

Já toda a Empresa sabia quem éramos e por não estarem muito habituados à nossa presença, tratavam-nos de uma forma muito respeitosa e cautelosa.

E eu na minha fatiota nova, em cima dos meus sapatos lindos e altíssimos (aos quais ainda me estava a tentar adaptar) sentia-me uma pessoa importante!!!

Como até as Princesas necessitam de fazer o seu «xi-xizinho», dirigi-me à senhora da recepção e perguntei-lhe onde era o W.C, a senhora simpaticamente lá deu as indicações.

E assim dirigi-me para o Hall, vi logo as casas-de-banho, lembro-me que empurrei a porta e depois…depois o chão faltou-me, o meu já desequilíbrio nos saltos não ajudaram nada. Estatelei-me ao comprido. Geralmente quando caio, caio mesmo…de tal forma que fico sempre zonza e quieta por uns momentos. Bons, os meus momentos de recuperação foram perturbados por uma voz que gritava alto e a bom som:

 

- Ajudemmm…ajudemmm… a Doutoura caiuuuuu….(a senhora da recepção tinha me visto a desaparecer muito rapidamente da sua visão!!!!)

 

Ou seja tinha as pessoas do cliente a olharem para mim, tinha os meus colegas a olharem para mim e graças a Deus que não tinha chegado nenhum cliente ou fornecedor. Se não tinha morrido mesmo de vergonha!!!!

Mas as coisas comigo nunca são fáceis. Quando me tentei levantar reparei que as minhas mãos e joelhos escorregavam ao mesmo tempo…

Concluindo, a senhora da limpeza lavara o chão com sabão (aliás como o fazia todos os dias), mas precisamente naquele dia tinha-se esquecido de retirar o sabão!!!!

Os passos seguintes passaram por várias tentativas de ajuda, mas goradas porque aquele sabão era «lixado» e aquilo parecia um ringue de patinagem.

Após ponderar todas as hipóteses (e de amaldiçoar os meus sapatos de salto altíssimo!) resolvi que a opção era mesmo sair de GATAS. Pareceu-me a mais digna, após ponderar todas as hipóteses, não me apetecia que todas aquelas pessoas me vissem a bater outro «bate-cú».

 

Assim fiquei com uma enorme nódoa negra no RABO, andei um dia inteiro com dois buracos enormes nas meias na zona do joelhos (o que não era nada nobre!!!) e sempre que entrava no «open-space», a tentar-me equilibrar nos meu sapatos lindos e altíssimo, com uma postura profissional (clássica, sóbria e a incutir respeito) antes de ouvir a pergunta «- Então Doutora já está bem??», ouvia um sussurro de risadas…

 

Confesso que a maior «nódoa negra» sofreu o meu Ego. Com o tempo apreendi a «desinchar». Apreendi que Doutores há muitos e que essa palavra por si só não é tudo. Apreendi que quando saímos da «escolinha» sabemos tão pouco e somos tão pequeninos…

 

Pois era isso mesmo, que estava na sexta-feira passada a tentar explicar ao meu colega mais novo. Confesso que não sei se fui bem sucedida. Mas como também acredito que a bater com a cabeça na parede é que se fazem «homenzinhos e mulherzinhas»... que se façam à VIDA!!!

 

@ Desejo a todos uma boa semana a vossa (salvo seja) Princesa

 

 

 

 

sinto-me:
Decreto-Lei decretado por PrincesaVirtual às 00:27

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